Este projeto foi desenvolvido no âmbito de um workshop do MEF (Movimento de Expressão Fotográfica) e resultou na publicação de um livro, numa exposição e na distribuição de postais pelos habitantes de Marvila.
Um retrato urbano de Marvila num agora tão conturbado. Começou à boleia dos versos de Sam The Kid, uma das grandes figuras de Chelas e de Marvila. Bairrista desde sempre, fotografado na mítica praceta em frente à casa onde cresceu; recordou a altura em que levava o rádio cinzento com as cassetes que gravava em programas de rádio. Décadas depois, é um dos grandes nomes da música portuguesa.
E porque acredito que as pessoas e o meio que em que se inserem contam milhares de histórias: os restantes retratos são pequenas miragens dessas histórias que Chelas tem para contar. É uma zona cheia de pessoas boas e com valor para comunidade.

O sítio onde eu moro,  o sitio onde eu vivo, o sitio onde eu paro e fico pensativo (…) 
Tempos tão mudados, nomes são alterados
Mas olhos continuam sempre atrás dos cortinados 
(…) Sítio divido em zonas com letras do alfabeto
 Zonas dividas em lotes com mau aspecto (…)
 É aqui que eu nasço, é aqui que eu morro. 
Chelas, Sam The Kid, 2002.
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